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Como posso reverter a insónia naturalmente?

Há possibilidade de recuperação do sono naturalmente, sim. Na maioria dos casos, a toma de medicação durante bastantes anos, não causa danos permanentes ao cérebro e, por isso, podemos afirmar que, também na maioria dos casos, é possível que as pessoas recuperarem a capacidade de dormir naturalmente.

Estes são os principais fatores que Influenciam a recuperação:

  • Quanto mais tempo a insónia está presente, maior o desafio para se recuperar;

  • Crenças e padrões comportamentais desenvolvidos também podem dificultar a melhora

  • Se já toma medicação há muitos anos provavelmente precisará de meses, e não semanas, para restabelecer o sono natural.


Principais recomendações para voltar a dormir bem de uma forma natural

Reduzir a Ansiedade em Relação ao Sono

Em primeiro lugar importa entender que o sono insuficiente não causa problemas de saúde, mas sim que, a preocupação excessiva com o sono pode piorar a situação e por isso é importante adotar uma visão mais positiva e relaxada em relação ao sono.

Insónia é definida por alguns especialistas como uma luta contínua e autoperpetuante com o sono, enraizada no medo de não dormir.

Se o único problema fosse ficar acordado à noite, eventualmente aprenderíamos que não há nada a temer. Assim como com o medo de balões, elevadores ou até da própria cama, evitar a situação mantém o medo, mas enfrentá-la fá-lo desaparecer.

No entanto, não podemos evitar a noite para sempre, então algo mais precisa de acontecer para criar uma luta contínua.

Quando estamos stressados, o nosso cérebro hipervigilante identifica o fato de ficar acordado como uma ameaça, então tentamos forçar o sono, o que não funciona e aumenta a insegurança e o medo. Isso leva a experiências desconfortantes, como palpitações e tremores, que o nosso cérebro também identifica como ameaças. Assim, criamos um ciclo de medo do medo, que mantém a hiperestimulação constante.


Formas de praticar a aceitação do medo

Dedicar um tempo deliberado para simplesmente sentar-se com o medo, sem tentar fazê-lo ir embora.

Também podemos praticar a aceitação do medo (através dos nossos próprios pensamentos) enquanto realizamos nossas atividades diárias, reconhecendo-o sem tentar controlá-lo e percebendo que esses pensamentos e emoções não passam disso mesmo - de ideias que o nosso cérebro formulou e que nos causam sensações muito desconfortáveis.

Essa aceitação permite que nosso cérebro aprenda que o medo não é uma ameaça e, assim, a hiperestimulação constante diminui.


Como o conhecimento e a aceitação da vigília podem ajudar

Na situação de "inquietação mental", entender que ficar acordado não é perigoso e fazer algo agradável durante a noite pode ajudar. Isso indiretamente também ajuda a fazer amizade com as emoções que vêm com a vigília.

Aqui procuramos distinguir a diferença entre luta e inquietação mental, dando exemplos:

Inquietação mental: Breves episódios de insónia que se resolvem por si só;

Luta: Insónia que consome os dias, com preocupações mesmo quando se dorme bem.

Se estas recomendações não estiverem a ser suficientes, procure terapia (psicólogo ou psiquiatra especializado na área do sono), principalmente que combine várias abordagens para um melhor ajuste individual.


 
 
 

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